Eu adoro visitar templos budistas, seus jardins me trazem paz de espírito, e o simbolismo dos elementos me encantam, pois são profundamente ligados ao xintoísmo que é uma antiga religião japonesa.
Esses jardins tiveram sua origem na China há muitos séculos, e foram difundidos por monges budistas, e os japoneses aperfeiçoaram a técnica. Por volta do século V surgiram os primeiros jardins zen ou Karensansui, que são os jardins secos, onde o arranjo de areias e rochas representam a água, montanhas, rios... Com o intuito de serem lugares para meditação e contemplação.
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Os jardins japoneses possuem algumas características típicas, normalmente são estabelecidos em volta de um templo, uma casa... e vários elementos podem ser sempre observados:
1. Água
Presente como um lago ou um pequeno riacho, e também de forma simbólica, como as cascatas secas feitas com pedriscos ou areia grossa. A água representa a vida.
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2. Rochas
O seu formato e como são colocadas é um componente chave do design do jardim. Dependendo da sua forma, a pedra pode simbolizar uma montanha, uma ilha, a chama do fogo, ou uma recepção (se estiver na entrada do jardim).
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3. Areia ou seixos
Para formar os solos.
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4. Pontes
Que podem ser de madeira ou pedras. E representam a evolução e auto-conhecimento.
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5. Árvores e arbustos
As árvores retratam a ancestralidade. Azáleas, bordos japoneses, pinheiros e teixos são boas opções para um jardim zen.
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6. Musgos
Para criar constraste com outros elementos do jardim, ou para crescerem nas partes sombreadas ou margens dos lagos.
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7. Ornamentos
As lanternas de pedra e as fontes são muito comuns nos jardins orientais.
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Crédito foto: Ryutaro Tsukata - Pexels
8. Cercas
São inseridas para separar o espaço do jardim do mundo externo. Podem ser tanto de madeira, bambu ou de plantas para delimitar o espaço.
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Citei apenas alguns elementos que podemos usar para tentarmos recriar nosso próprio jardim zen, para quem quiser se aprofundar no assunto e na técnica sugiro 2 livros fantásticos! Que infelizmente ainda não possuem tradução para o português.
Escrito há quase mil anos, é o texto mais antigo sobre jardinagem japonesa. Uma preciosidade! Ótimo também para quem quer entender mais sobre o contexto histórico dos jardins japoneses.
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